Olá, caros leitores que molham o pão no café e fazem uma papinha todas as manhãs. (essa foi inspirada em alguém que não vou contar quem!) Vamos para nossa análise de hoje?
Me surpreendi há pouco com uma entrevista publicada pelo portal D’Ponta News e, originalmente, na revista D’Ponta nº 308, com a prefeita Elizabeth Schmidt. O título já vinha com aquela marra de capa de revista de salão de beleza dos anos 80:
“Eu não sou vilã. Sou justa, séria e corajosa.”
E sabe que eu concordo? Em partes, mas concordo.
Vem entender!
CONCORDA COM ISSO?
Sim, Concordo com ela! Talvez eu esteja com a dosagem errada do meu remédio para os neurônios, mas isso não vem ao caso.
Vilã, de fato, ela não é! Corajosa? Sem sombra de dúvida. Elizabeth sempre foi destemida, inovadora e querida por quem a conheceu antes de sentar na cadeira giratória do comando municipal.
Justa? Voto com o relator! Entre erros e acertos, é uma mulher que parece carregar um senso de justiça genuíno, daqueles que vêm da alma, e não do manual do bom político.
Agora… séria? Aí já fico com o pé atrás!
MAS POR QUE? ELA NÃO É SÉRIA?
Gosto da prefeita, confesso! Mas a seriedade que é dela, nem sempre se reflete no entorno. E é aí que o caldo entorna. O problema não é só a prefeita, é a turma que ronda o gabinete. Assessores, alguns secretários, marketeiros, parentes e, claro, o bando de puxadores de saco profissionais. Aqueles que correm na frente para abrir a porta! Esses são os mais perigosos!
Beto Richa, quando saiu da cadeia em 2018, resumiu isso como ninguém. Algo do tipo: ‘até um mês antes da prisão, eu tinha vinte pessoas pra me desejar saúde se eu espirrasse. Depois, fiquei sozinho.’ Pois é. Política é assim. O aplauso e o tapinha nas costas de hoje são o desprezo de amanhã.
BORA ACONSELHAR?
Então, prefeita, um conselho de quem observa de fora (mas com boa vontade): desconfie de quem idolatra demais. Muitas das decisões polêmicas da gestão, aposto, não nasceram da sua cabeça, e sim de acordos… aqueles “acordos” que cheiram à carniça.
E já que falamos em cheiros, duas frases da entrevista me fizeram franzir o nariz.
A primeira:
“Cada cidade tem uma história e um conceito pelo qual ela foi concebida. Londrina tem 90 anos e Maringá tem 75. Ponta Grossa tem mais de 200, mas nunca foi projetada. São realidades completamente diferentes e não dá pra comparar.”
Pois então, prefeita… “não dá pra comparar”?
Mas não foi a senhora mesma que, há poucos dias, cobrou o governador Ratinho Junior comparando PG com Londrina, Maringá e Cascavel? Com vídeo, cartinha e tudo? Se dá ou não dá pra comparar, vamos combinar um discurso só? Ou dá, ou não dá! O que realmente não dá, são os dois. Aí fica difícil…
A segunda fala que me deixou de queixo caído foi esta:
“Eu adoro ver como a nossa educação mudou. O uniforme das crianças, a merenda de qualidade, os equipamentos…”
Merenda de qualidade? Aham. E justamente às vésperas de uma licitação de quase R$ 89 milhões pra terceirizar tudo? É muita coincidência pra quem jura que “não é vilã”. Se a merenda é boa, pra que entregar o prato pra empresa? Ou a “Disneylândia do Risoto” vem com brinde? Se tem brinde, quem pega, hein? Conta aí!
Coragem, prefeita, a senhora tem de sobra. Aposte nisso!
Mas, cá entre nós, bem baixinho pra ninguém ouvir! Coragem sem juízo político vira teimosia! E Ponta Grossa merece mais do que um governo destemido, merece um governo coerente.
96.407 pessoas apostando na sua honestidade! É hora de provar a que veio. Tome a rédea e faça jus à sua história!
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