A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou nessa segunda-feira, 11, a resolução que suspendia a fabricação, comercialização, distribuição e o uso de todos os alimentos em estoque fabricados pela Fugini Alimentos Ltda. De acordo com a Anvisa, a revogação foi publicada após a empresa passar por nova inspeção sanitária conduzida pelo Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e pela vigilância sanitária municipal entre os dias 3 e 5 de abril.
Neste final de semana, minha esposa estava cozinhando sabe Deus o quê quando precisou abrir o armário e pegar um pacote de milho verde. “Nossa, Fugini, melhor não, né?” Essa frase resumiu a sensação de milhares de lares brasileiros que não têm mais confiança nenhuma na marca. Não importa o que diga a Agência, lá em casa não entra mais!
Um estrago da Anvisa? De jeito nenhum! Um estrago ocasionado pela própria marca. Só de imaginar que a Vigilância Sanitária tem um mínimo aceitável de pelos, resíduos de insetos e nem entro no âmbito de outras coisas piores que também são aceitas, há de se imaginar o que foi preciso encontrar para que houvesse essa proibição de comercialização.
Fato é que tá liberado? Tá! Mas… você teria coragem? Eu não, obrigado.
Entenda
Em março, a Fugini passou por inspeção conjunta realizada entre Anvisa, Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e vigilância sanitária municipal, quando foram verificadas falhas consideradas graves no cumprimento das Boas Práticas de Fabricação e, por isso, as atividades da empresa foram suspensas.
“Até o momento, a empresa Fugini cumpriu grande parte das determinações da autoridade sanitária, adequou rapidamente sua planta fabril e seu processo de fabricação, podendo retomar parte da fabricação no local”, informou a Anvisa, em Brasília.
As chamadas Boas Práticas de Fabricação são um conjunto de procedimentos a serem seguidos por empresas fabricantes de alimentos, necessárias para garantir a qualidade sanitária desses produtos.
Elas englobam uma série de regras relacionadas à fabricação de um alimento e abrangem desde as condições físicas e higiênico sanitárias das instalações até o controle de qualidade das matérias primas e do produto final, passando também por questões como saúde e capacitação dos trabalhadores, controle de pragas, armazenamento, transporte, documentação, dentre outros.
do editor com Agência Brasil