O pessoal que me acompanha nas redes sociais sabe que assumi há alguns dias a produção e apresentação jornalística do programa Repórter Cidade, veiculado pela Rádio Lagoa Dourada FM de Ponta Grossa.
Aliás, desde já fica meu convite para acompanhar a mim, ao nosso comandante Marcílio Luiz, e os comentaristas Gustavo Ribas Netto, Caroline Schoenberger, Gilmar Denck e o querido professor Jorge Nunes, todas as manhãs, a partir das 6h30, através do dial 98,5 FM ou pelo YouTube e Facebook em transmissão com vídeo.
Discutimos muito nos últimos dias a questão do IOF, proposto pelo Governo Federal como forma de equilibrar as contas públicas e derrubado pelo Congresso. Ainda há muita água para rolar debaixo dessa ponte, mas um questionamento foi unânime: será que o pobre também vai pagar IOF, assim como aquele que tem grandes movimentações financeiras?
Para sair da dúvida, pedi ajuda ao professor Emerson Hilgemberg, do departamento de Ciências Econômicas da UEPG, para que nos explicasse. Gentilmente nos deu uma aula sobre o tema. Como o tempo na rádio é contado, essa aula precisou passar por uma edição para poder ser levada ao ar.
Aqui, no Blog do Dudu, convido você a acompanhar, na íntegra, o áudio encaminhado pelo professor respondendo à pergunta do milhão: pobre também vai pagar IOF com esse projeto?
Acompanhe!
Resumo da ópera: SIM!
No áudio, o professor explicou que, embora o governo afirme que o aumento do IOF atingirá apenas os mais ricos, a realidade é mais complexa. Medidas como o fim da redução do imposto sobre compras internacionais com cartão de crédito e sobre remessas ao exterior realmente impactam camadas mais altas da população. Também a nova taxação em planos de previdência com aportes acima de R$ 50 mil atinge diretamente o planejamento sucessório dos mais abastados.
No entanto, outras mudanças propostas no IOF atingem diretamente o consumidor comum. A principal delas é o aumento do imposto sobre operações de crédito, como empréstimos e financiamentos, que afeta desde pequenos negócios até famílias que compram parcelado. Além disso, a nova taxação sobre fundos que antecipam recebíveis para empresas (FIDCs) e operações de risco sacado encarece o crédito e, no fim das contas, o preço dos produtos.
Ou seja, apesar do discurso oficial, o aumento do IOF não recai apenas sobre os mais ricos. Boa parte das mudanças impacta toda a cadeia produtiva e encarece o custo de vida para a população em geral, especialmente para quem já depende de crédito para consumir ou empreender.
E aí? Você aprova o aumento do IOF como forma de equilibrar a balança dos gastos públicos?
Até a próxima!