Em outubro, comerciantes e frequentadores do Super Muffato, no Shopping Total, foram surpreendidos com o anúncio de que o mercado estava de saída do espaço. O motivo alegado seria a inauguração do Max Atacadista na região de Oficinas, para onde seriam realocados todos os funcionários. Em nota divulgada na época, o Grupo Muffato afirmou que “o objetivo é adequar as instalações do Shopping Total para sua verdadeira vocação, que é o comércio diversificado de roupas, acessórios, brinquedos, utilidades domésticas etc, além de praça de alimentação e entretenimento”. (Para mim, a desculpa não colou!)
Neste período de compras (muitas exageradas) de Natal, estive no Shopping e tive a curiosidade de buscar saber como estão as instalações internas depois da saída do mercado.
COMO FICOU?
A primeira surpresa foi a da retirada do estacionamento externo que atendia ao mercado e às lojas do espaço. Ali, não apenas estacionavam veículos, mas também era espaço de eventos, como feirões automotivos, encontros pets, entre outros que já presenciei por lá. Sem dúvida, quando houver movimento maior, será uma dificuldade estacionar.
Porém, que movimento maior esperar? Conversei informalmente com alguns comerciantes (os quais não identificarei neste texto) que revelaram que sim, houve uma queda no movimento das lojas e do shopping após a retirada do supermercado. Embora isso seja um problema, óbvio, o que me chamou a atenção foi a ressalva de todos com quem conversei sobre a falta de informações. A todos, perguntei se sabiam o que iria acontecer, os motivos da saída do mercado ou algo assim, e foi unânime a resposta de que não há informações e ninguém da administração do Shopping fala sobre isso.
Durante o período em que estive por ali, senti que houve uma queda no cuidado com o espaço, como a presença de caixas nos corredores. Confesso ter visto somente um segurança e ninguém fazendo a limpeza. Era um domingo!
Do lado de fora de onde um dia já foi um mercado, uma plotagem não indica nada, apenas que há um espaço vazio por ali.
Internamente, é possível observar que somente os produtos de venda e materiais administrativos maiores, como computadores, foram retirados. Ainda há banners com a campanha de Natal da rede, carrinhos, balcões, estruturas de caixa e prateleiras. Além disso, chamam a atenção as placas soltas no teto.
DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?
A reportagem do Blog do Dudu conversou com a empresária Milane Barbur, proprietária do espaço. Segundo ela, o Grupo Muffato possui contrato de administração do prédio válido até o ano de 2029, exceto dos cinemas. Compete também ao grupo a sublocação para os lojistas interessados. “Desta forma, não podemos prospectar nada naquele espaço [do supermercado]. No fim do contrato, o Grupo Muffato deverá nos entregar o imóvel em estado de novo”, finaliza a empresária.
O QUE DIZ O GRUPO MUFFATO?
A reportagem também entrou em contato com a assessoria do Grupo Muffato sobre os problemas apresentados. Em nota, o Grupo reforçou que a saída do supermercado foi motivada pela operação do Max Atacadista em Oficinas, e que todos os colaboradores receberam a possibilidade de transferência e realocação dentro do Grupo.
Sobre o espaço, a nota não informa prazo para a disponibilização para novos lojistas. “…após a conclusão da retirada de todos os equipamentos o espaço será disponibilizado para novas locações.”
A respeito do estacionamento externo, segundo o Grupo “Foi uma consequência natural da saída da operação Super Muffato do interior do Shopping Total.”
Em relação à queda do movimento, a nota afirma que “não ocorreu nenhuma interrupção em campanhas que sempre foram realizadas para fomentar o comércio no Shopping Total, como agora na Campanha de Natal”, e sobre a falta de informações “o Grupo Muffato sempre honrou seus contratos e continua aberto e disponível para atender todos os lojistas”.
