Não sou bruxo mas te conto quem ganhará a licitação da merenda escolar em PG

É, amigo leitor. Não deu! Apesar de gritos e esperneios de muita gente, a base aliada à prefeita Elizabeth Schmidt gritou mais alto e, no fim das contas, a Câmara de Ponta Grossa aprovou o substitutivo que abre caminho para entregar a merenda escolar da rede municipal a uma empresa privada. Estamos falando de quase 90 mil refeições por dia, num contrato de R$ 88 milhões. Pouca coisa, não é!

O QUE ACONTECEU?

O projeto original do Geraldo Stocco (PV) que proibia a terceirização foi triturado no plenário e virou uma “coisa” (exatamente, coisa!) completamente diferente da proposição inicial. Apesar da tentativa de uma emenda que mantivesse a proibição, não deu boa. Substitutivo aprovado e emenda que proibia a terceirização, rejeitada.

Vale aqui dar nomes aos bois.

Como votaram os vereadores:

A favor da terceirização: Divo, Dr. Zeca, Florenal, Jairton da Farmácia, Leandro Bianco, Pastor Ezequiel, Paulo Balansin, Ricardo Zampieri e Teka dos Animais.

Contra a terceirização: Dr. Erick, Fábio Silva, Geraldo Stocco, Guilherme Mazer, Joce Canto, Leo Farmacêutico, Enfermeira Marisleidy e Maurício Silva.

 

Presidente Julio Kuller (MDB) não vota e Professor Careca (PV) – que, inicialmente, se disse contra, estava ausente da sessão (lembrando que da última vez que disse ser contra, no caso do “aumento do IPTU”, no fim das contas votou a favor).

Confesso que o voto do vereador Fábio Silva (Republicanos) foi uma surpresa. Da base da prefeita, e aliado do vereador Leandro Bianco (Republicanos – e que até subiu nas tamancas para defender a entrega da merenda para uma única empresa), deve ser o próximo integrante da lista de sanções do Governo Municipal. Uma espécie de Lei Magnitsky que vem sendo aplicada pela prefeita Elizabeth Trump àqueles que decidem votar por convicção própria.

 

SESSÃO DA CÂMARA

Na sessão de ontem teve de tudo: denúncia de comissionados convocados para ocupar cadeiras, servidores constrangidos, discursos inflamados, afirmação de que alguém estaria lucrando algum pela licitação e até ameaça velada às merendeiras que ousaram se manifestar contra.

Joce Canto (Progressistas) e Guilherme Mazer (PT) falaram em judicialização. Já o Dr. Erick (PV) lembrou que o povo não pediu isso — e não pediu mesmo!

Do outro lado, o líder do governo municipal, Pastor Ezequiel Bueno, garantiu eficiência e jurou de pés juntos que não vai ter marmita sendo entregue por aí e é um bom negócio. Enquanto isso, o novo edital (esse sem a assinatura do prefeito de Sumaré) deixa brecha para comida preparada numa escola e transportada para outra… sem explicar como.

A merenda escolar, que nunca tinha dado problema em 202 anos de história, virou prato principal de um banquete de interesses. Pode apostar que quem vai mastigar as consequências são as crianças e as tias que seguram as panelas.

LICITAÇÃO DE CARTA MARCADAS?

Sim! Segundo os discursos de Geraldo Stocco e Guilherme Mazer, na sessão de ontem, há alguém com grandes interesses por trás dessa briga toda.

E QUEM SERIA?

Ah, cara-pálida… você não sabe? O Blog do Dudu conversou com algumas fontes muito bem relacionadas nos últimos dias – uma delas, de dentro da Secretaria Municipal de Educação – e já tem dois nomes, que estão no mesmo saco, que podem ser a “grande surpresa” da licitação.

VAI CONTAR QUEM É?

Claro! Nesta quarta-feira, 24, no programa Manhã Total, da Rádio Lagoa Dourada FM, a partir das 8h, colocarei esses dois nomes em um envelope. Faremos o lacre dele juntos, você, eu, João Barbiero, todos nossos ouvintes e também quem acompanha pela internet com vídeo. Após a licitação, abrimos o envelope juntos…

Será que vamos acertar o grande vencedor de uma poupuda conta bancária com R$ 88.961.088,50?

Tan tan tan taaaannnn…

 

Como diria Davi Scheiffer: “Deus que nóis ajude!”

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Sobre o autor

Eduardo Vaz

Eduardo Vaz

Jornalista multimídia e produtor executivo de rádio e tv, com passagens por Band, Grupo Ric, Rede Massa SBT, entre outros meios de comunicação.

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