O personagem da semana (parte I)

A semana termina com tantos personagens que seria impossível elencar uma única figura que chamou atenção nos últimos sete dias.

Seria o ex-presidente Jair Bolsonaro que esteve na Polícia Federal e jurou não saber nada de nada, ser inocente, apenas inocente, nada além de inocente da acusação de fraude nos cartões de vacina? Difícil comprar a versão. Mais fácil encontrar uma nota de plástico de R$ 10 (aliás, que delírio coletivo foi aquele do Banco Central de lançar uma nota de plástico? Tanto jeito de comemorar os 200 anos do Brasil…)

Ou seria o personagem da semana Delta Dallagnol que, num movimento do TSE, perdeu o mandato e também as pregas de uma só vez? O caso Dallagnol só mostra o quão frágil todos nós somos e quando deixamos um pedacinho, ainda que pequeno, do rabo para pisar, os outros irão pisar, sim! No caso de Deltan ele deixou o rabo inteiro, vale ressaltar. Piada mesmo foi falar sobre combater a corrupção com Eduardo Bolsonaro atrás, rindo como um (futuro) condenado, já que, com a saída do ex-procurador, quem ganhou mais uma cadeira foi o PL. Falando nisso, Valdemar essa semana disse que Bolsonaro é louco. Pena que não acrescentou nada de novo ao que todo mundo já sabia.

Ou seria o apresentador Fausto Silva, o grande personagem da semana, que anunciou a saída da Band um ano e meio após uma estreia toda pomposa com glórias e ápice de 10 pontos no Ibope? Sejamos francos. Alguém aí assistiu a ‘Faustão na Band’ neste período? EU SIM! Assisti algumas semanas às videocassetadas, que eram a primeira coisa do programa, no começo. Ao final delas, mudava de canal. Depois foram deslocadas para algum outro momento que não faço ideia e, assim, nunca mais assisti ao programa.

Aliás. Há um cantor da região que ganhou um concurso musical no programa, contra adversários de peso. Por fim, após meses de exposição em rede nacional, permanece anônimo. Uma pena!

Um colunista apontou no Twitter que Fausto Silva é/era relevante apenas na Globo – a mesma que, com color bars na tela, daria 8 pontos de audiência. Foram da Vênus Platinada, não. E cumpriu-se a profecia que, diga-se de passagem, não era muito difícil de se imaginar.

Porém, eu tenho um escolhido. Ou melhor, uma escolhida, no feminino. A queda da gasolina com a mudança na política de preços práticados pela Petrobras. Há anos vivemos em um Brasil que jura que não é possível controlar os preços dos combustíveis – sem medidas eleitoreiras – por ser uma sociedade e economia mista baseada na cotação internacional do petróleo. Oras, está aí a medida. Aguardo ansiosamente protestantes que exijam o aumento do preço.

Queria um personagem melhor do que este?

 

Nota do editor: nunca confunda erro de informação com fake news. Erros são falhas corrigidas no próprio conteúdo ou posteriormente. Fake news são mentiras deslavadas criadas com o único intuito de prejudicar algo ou alguém. Aquém disso ainda existem os extremistas, que sobrevivem apenas na base do ódio ao enxergarem apenas o que querem, ainda que a realidade seja completamente diferente. Para estes, meu riso enfadonho e minha solidariedade, se precisarem, na hora da ‘Vakinha’ para a compra do óleo de peroba. Ou do consolo, se assim preferirem.

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Sobre o autor

Eduardo Vaz

Eduardo Vaz

Jornalista multimídia e produtor executivo de rádio e tv, com passagens por Band, Grupo Ric, Rede Massa SBT, entre outros meios de comunicação.

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