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Patópolis: Diretor tem cunhado e filhos nomeados em prol de um “bem maior”

Amiguinhos, amiguinhos.

Hoje eu vim contar uma historinha pra vocês daquelas que a gente conta para o boi dormir! Soninho dos anjos e dos Deuses.

Porém, para alguns que lerão a historinha abaixo, talvez a madrugada seja um pouco mais longa a partir de agora. Já dá pra esperar um Toc Toc daquele gentil grupo que, de vez em quando, faz visitas matinais àqueles que costumam respingar para fora do urinol.

AH É?

É! Mas como eu sou bonzinho demais, essa história é toda fictícia. Tipo uma novela do Benedito Ruy Barbosa.

E como ela se passa em um município fictício, vamos chamar essa cidade de… PATÓPOLIS, o que acha? A cidade governada e habitada pelos PATOS!

QUAC QUAC! VAMOS LÁ!

Era uma vez uma cidade muito próspera, que caminhava de vento em popa rumo ao progresso. Até que um dia, um grupo político ganhou uma eleição e precisava pagar a conta (cara!) da vitória.

A Prefeita, Dona Bicota, então, fechou os olhos e deixou que as coisas fluíssem como não deveriam. Então, alguns patos mais espertos, tomaram conta de Patópolis e passaram a fazer o que bem entendiam.

ONDE É QUE VOCÊ VAI CHEGAR, HEIN, DUDU?

Calma e aproveita a história!

Certo dia, os patões resolveram dar umas bicadas no Centro de Referência para Animais em Risco, o CRAR. Então, decidiram que era hora de terceirizar e contratar alguns serviços. Algo em torno de 32 milhões de Quacs Reais.

Um dos nomes responsáveis pelo processo, seria do diretor da vigilância em Saúde, da Fundação Municipal de Patópolis. O pato Clê, que, por sinal, era o superior direto do CRAR.

O que ninguém contava para os habitantes, era que, para que esses 32 milhões de Quacs Reais chegassem ao destino desejado pelos patões e tudo desse certo, era necessário que outros patos também nadassem na mesma lagoa.

Então, eis que no dia 07/07/2025, em uma batida de asas sensacional, surge o nome do cunhado do Pato Clê no Diário Oficial como novo diretor do CRAR. O Pato Lolô!

 COMEÇOU A MELHORAR, DUDU… O QUE MAIS?

 Eis que um jornalista muito enxerido de Patópolis, o Pato Dudu, que navega em diversas lagoas e fontes, teve a atenção chamada por um dos seus amiguinhos.

Pato Lolô, responsável pelo CRAR, nomeado em 07/07, deve, realmente, ser muito trabalhador. Dias e noites a fio, só pode! Pois em 14/07/2025, somente 7 dias após assumir uma responsabilidade tremenda perante aos demais, assinou o Documento de Formalização da DFD dessa licitação do CRAR. Ele, e o cunhado, Pato Clê!

Esse é o documento que dá origem à licitação dos 32 milhões de Quacs Reais.

TÁ, E DAÍ?

PERA LÁ, PATA CREIDE! São apenas 7 dias para identificar a necessidade de um pregão deste tamanho. UAU!

Porém, para esse pregão, era preciso constar um Estudo Técnico Preliminar (ETP). Este, por sinal, também assinado pelos patos Clê e Lolô. Um documento de altíssimo nível, com uma tecnicidade de relevância, um grande estudo realizado onde constam todos os serviços que deveriam ser terceirizados e todos os materiais a serem fornecidos pela empresa contratada… 62 páginas escritas em…

7 dias!

A agilidade de Lolô foi tão grande que, no ETP, constam todos os orçamentos de preços das centenas de itens e serviços que formaram o mapa de preços, base da licitação milionária. Empresas de fora de Patópolis! Nenhumazinha local. (e depois foi descoberto que as três têm indícios de ligação entre elas)

Mas não foi só isso! Trabalho e eficiência, por ali, eram indiscutíveis!

Com base nos dois documentos, surgiu o TERMO DE REFERÊNCIA da licitação. Datado e assinado em 15/07/2025. UM DIA A MAIS após Lolô fazer a solicitação. 121 páginas escritas em menos de 24 horas.

Patópolis ficou impressionada com tamanha eficiência!

MAS QUEM ASSINOU ESSE TERMO DE REFERÊNCIA?

Ah, sim, claro!

Este termo foi assinado pela Pata Josinete, telefonista!

Interessante ressaltar que nenhum dos documentos que embasaram a licitação do CRAR foi assinado por um médico veterinário que cuida da patota.

Licitação de Patópolis em andamento, publicada em 05/08/2025, e resultado final em 29/09/2025.

ESSE É O FIM DA HISTÓRIA?

Não!

Isso porque a Câmara Municipal de Patópolis achou toda essa história meio confusa e decidiu abrir uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para averiguar essa pataiada toda.

E é aí que Pato Clê recebe uma missão muito especial:

DEFENDER PATÓPOLIS DAS MÁS INTENÇÕES DA CEI!

Então, prefeita Dona Bicota, decide mostrar em atos concretos sua generosidade em prol do sacrifício do penoso!

Eis que no dia 13/10/2025, três dias antes de dar explicações na CEI, o filho do Pato Clê é nomeado como estagiário na Fundação Municipal de Saúde de Patópolis!

No dia 16/10, lá foi Pato Clê foi grasnar na Câmara, frente aos vereadores. Negou irregularidades, disse que não sabia que as três empresas poderiam ter ligações, enfim… foi uma pataquada completa!

E como recompensa, ai ai ai! Prefeita Dona Bicota decidiu premiar, novamente, o Pato Clê!

Dias depois, em 29/10, nomeou a filha dele com um CC16, um baita cargo em comissão dentro da estrutura de Patópolis!!

E a partir daquele momento, Patópolis ficou florida! Cada pato no seu lugar e com seus quac-quacs. Um final quase feliz até aparecer o Pato Dudu, que resolveu dar publicidade a mais um escândalo de Dona Bicota. Uma família de patos sustentada por outros patos. Legal!

Oh! Cá entre nós! Lago quieto por aqui nunca é paz, é só mais um aviso de que tem pato aprontando escondido, sacudindo as penosas longe dos holofotes.

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Sobre o autor

Eduardo Vaz

Eduardo Vaz

Jornalista multimídia e produtor executivo de rádio e tv, com passagens por Band, Grupo Ric, Rede Massa SBT, entre outros meios de comunicação.

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