Vereador Professor Careca é baleado na perna em uma história muito cabeluda!

Sejamos francos! É uma história que foi contada tão certinha, com mocinhos justiceiros e vilões malvados, que chega a causar estranheza.

Vamos a ela, de acordo com a Polícia Militar – a melhor fonte sempre é a oficial. A assessoria… bem, sempre será uma assessoria contratada para defender os direitos do cliente.

 

Texto adaptado enviado pelo delegado Dr. Lucas Andraus

Ocorrência envolvendo o vereador Marcelo Aparecido de Barros, conhecido como Professor Careca, conforme Boletim de Ocorrência apresentado pela Polícia Militar, referente a fatos ocorridos na noite de 11 de maio de 2025.

De acordo com as primeiras informações, o genro do parlamentar, policial militar do Estado do Paraná em período de férias, encontrava-se em frente à residência do vereador, quando foi surpreendido por um indivíduo em bicicleta motorizada que realizava manobras perigosas, chegando a quase atropelá-lo. Após ser advertido, o indivíduo se afastou, mas retornou minutos depois em um veículo Palio na cor verde-escura, acompanhado por outros dois homens.

Ao desembarcarem do veículo, os indivíduos teriam investido contra o vereador, que tentou intervir na situação. Diante da investida, o policial militar teria se identificado e, ao perceber que um dos homens teria feito movimento suspeito em direção à cintura, efetuou um disparo com sua arma institucional. O disparo, no entanto, atingiu acidentalmente o vereador na panturrilha direita, com o projétil transfixando o local.

Após o disparo, os três indivíduos retornaram ao veículo Palio e evadiram-se do local e, até então, permanecem foragidos. O parlamentar foi imediatamente socorrido e encaminhado ao Hospital Bom Jesus, onde permanece em observação. Equipes da Polícia Civil e Polícia Científica foram acionadas e compareceram ao local.

O policial militar envolvido foi conduzido à 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP) para prestar esclarecimentos. Após análise preliminar, considerando a aparente configuração de legítima defesa (causa excludente de ilicitude), o militar foi liberado.

 

Hoje pela manhã tentei contato com o vereador para entender o caso. Sem sucesso! Compreensível, é claro, afinal de contas ele estava hospitalizado.

É importante pontuar que, segundo a assessoria do parlamentar ao portal aRede, o problema aconteceu devido ao barulho da motocicleta elétrica que estaria incomodando os moradores (inclusive o vereador). Já, de acordo com a nota da Polícia Civil, teriam sido manobras perigosas.

Na nota da Polícia, não se fala onde o genro do vereador, policial militar de folga, teria atirado com sua arma institucional. A assessoria, para o portal aRede, informou que teria sido em direção ao pneu do carro dos rapazes com o intuito de cessar a discussão, o que vai contra as orientações da Polícia Militar do Paraná:

Os chamados “disparos de advertência” não são considerados prática aceitável em razão de não atenderem aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência, bem como, em razão da imprevisibilidade de seus efeitos; – clique para ler o documento completo.

Vamos continuar acompanhando este caso. Mas que a história parece ter uma vírgula fora do lugar para que, finalmente, faça sentido real… ah, parece, né?

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Sobre o autor

Eduardo Vaz

Eduardo Vaz

Jornalista multimídia e produtor executivo de rádio e tv, com passagens por Band, Grupo Ric, Rede Massa SBT, entre outros meios de comunicação.

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